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MÃE É COMO UMA FORMA DE AMOR VELADA, IMPOSSÍVEL DE SER DESCONECTADA

Para começar a falar de INTEGRIDADE, um dos principais temas da Jornada de RAIZES MULTIDIMENSIONAIS!

ALERTA: CONTEÚDO TÓXICO!

Compartilhei em um encontro da Jornada da Economia da Paixão que existem textos, independente da forma ou estrutura (poesia, artigo, etc), que levo anos para escrever. São expressões que navegam pelas minhas entranhas, esbarrando em nós das minhas esquinas, e que só transformo em palavras quando as emoções estão prontas para serem ressignificadas, se tornando visíveis ao serem emancipadas.

VEM JORNAR A ECONOMIA DA PAIXÃO!

Despertar o próprio protagonismo e a materialização de um sonho que deseja realizar. Acessa aqui para começar!

No geral, um texto sai numa sentada, até porque cada vez menos uso o tempo estando ancorada, mas como toda criação, guardo a consciência de que cada trecho é processado ao longo de uma (longa) estrada. O processo de digestão está em me intoxicar com cada emoção para transformá-la em “palavras desintoxicadas”, que favorecem a minha evolução e, consequentemente, a de tudo o que entrego em cenas de inovação.

SIM! Este processo de transformação também é o que chamamos de “cura”, a jornada do artista (que somos): curar, transformar, evoluir (criar)!

O ensaio que compartilho abaixo é uma dessas somas de palavras que representam um processo de liberação. A toxidade está na profundidade de reflexões, leituras, conversas e estudos por trás de passagens que podem parecer mais simples do que a “complexidade” de certa não-linearidade. Assim, sem perceber, emoções mais desconfortáveis do que as conscientizadas, podem ser atiçadas a partir do que ler.

Entre as muitas vias acessadas, este ensaio conversa com alguns outros, incluindo um desdobramento do próprio através de outra forma e palavras, em um post no Instagram:

“Quando concluo a jornada de uma palavra, a torno visível no meu protagonismo e passa a ser parte do que sou. É um processo continuo de transformação e estruturação. Provoca limite e liberta controle, mas uma palavra nunca esbarrou em lugares tão íntimos e pessoais como foi a expressão RAIZES MULTIDIMENSIONAIS. E olha que depois de REGENERAÇÃO, fiquei com a sensação “se guentei essa, tô pronta pra Plutão!”. Nem sei se realmente cheguei a declarar isso, mas sentimento também vira ação & RAIZES MULTIDIMENSIONAIS aprofundou cada emancipação que tornei visível na jornada da REGENERAÇÃO.”

Este é um trecho da legenda desta postagem, que traz “MATERNIDADE” (cuidar/criar) como plano de fundo e lembra uma outra (abaixo), onde ilustrei “PATERNIDADE” (expandir/escalonar). E, afinal, “INTEGRIDADE” está entre os principais temas da jornada de RAIZES MULTIDIMENSIONAIS – mas este é só um spoiler, vou voltar para compartilhar mais sobre o ciclo desta expressão, que está chegando ao fim na minha Jornada da Economia da Paixão!

[PARA COMEÇAR A (DES)INTOXICAR...] PALAVRAS-CHAVE: Expressão, Intersecção, Conexão, Integração, Esperança, Fé, Liberdade.

SIM-BORA?!

Café me lembra você. Café me lembra expresso. Expresso me lembra expressão. É um pouco do meu desejo nessa declaração. Sem ser muito expressa. Aliás, me lembrei de trem expresso, sendo trem outra coisa que amo e me lembra você; sendo trem outra coisa que odeio por ser onde, mais uma vez, me despedi de você.  Trem também lembra minha mãe, pelo histórico do seu trabalho de restauração de ferrovias, onde encontro uma das sementes do meu trabalho com regeneração. 

É bonito o diálogo entre a sua restauração e a minha regeneração. Facilmente pegaríamos esse trem com uma xícara de café na mão, mas vou usar a poesia da nossa não-linearidade para voltar à expressão, algo que para nós é intersecção, mas que culmina na nossa (des)conexão. Desconectar para conectar é algo que faço bastante no meu trabalho de facilitação - e você sabe. Interrompo um aqui, corto outro assunto ali,… Minha mãe ficaria horrorizada de me ver em ação, mas é justamente isso, a facilitação é uma forma de transformar comunicação em ação, ou melhor, resolução, evolução, ... Não adianta fugir, voltamos para a expressão e eu amo como você me admira em plena expansão!

Esses dias minha mãe também falou sobre essa minha movimentação. Algo sobre o ritmo como penso, escrevo, falo, concluo, volto, repenso, escuto, fico intrigada, choro e dou risada. Enfim, como articulo a comunicação, como exploro a minha expressão. E, então, a respondi o que significa “cena dialógica” para além da romantização, reforçando que a maior sede da minha articulação é a materialização. Daí declarei uma realização: é igual ‘mãe’, mãe é ‘expressão’, expressão que é ação!

Mãe é ação onipresente, consistente e consciente, como uma forma de amor velada, mas impossível de ser desconectada.

É mais ou menos assim que a nossa jornada tem guiado a minha expressão entusiasmada – nessa palavra há uma parte importante de você que tem fundamentado a minha estrada.  

Vou desacelerar a expressão e voltar para o café, porque me lembra o seu “cafuné”. Disse cafuné para rimar com café, mas não é bem isso. Né? É! Talvez você pense que a sua maior expressão de cuidado seja o meu entusiasmo, mas o ritmo do meu coração busca pela sua proteção. Olha aí, está vendo como não dá para fugir? É como uma obsessão, é como nós, que sempre voltamos para a ação.

E não é lindo demais como autorizar o TEMPO não-linear sempre faz a gente voltar para o LUGAR onde verdadeiramente queremos estar?

Te contei que pensei nisso nos 10 dias que passei com a minha mãe depois de mais de 10 anos sem passar mais do que 2 dias seguidos debaixo daquele olhar. Entendi um pouco porque ela sempre diz que saí muito cedo de casa. Foram dias muito bem explorados nos primeiros meses da jornada de RAIZES MULTIDIMENSIONAIS. “Que coisa é essa de multidimensionar, minha filha?”, ela me perguntava enquanto eu corria, ela caminhava e a gente plantava - preciso reforçar aqui sobre mãe ser comunicação que é ação?

Chegando nos últimos meses dessa jornada, comecei a compartilhar e disse que estava tudo bem se ela não acompanhar, mas desejo que queira me escutar:

Pois bem. Sabe aquela terra que me ensinou a preparar para plantar? Levei para o mar. É que a água me traz essa coisa de resgatar, talvez pelo seu útero me lembrar. Dai me lembrei da missa que ia com a minha segunda mãe, a sua mãe, onde escutava “assim na terra, como no céu”. Comecei, então, a estrelas plantar. Fui colecionando e resgatando sementes, o que também podemos chamar de “brilho no olhar”. Nossa, mãe! Olhares tão lindos, lentes tão interessantes, absolutamente empolgantes! Me vi tão animada que libertei ainda mais a minha expressão acelerada, o que descobri ser um tipo de adubo para multiplicar a qualidade de conexão com essas estrelas amadas.

No amor, “qualidade” é a ressignificação de “quantidade”, conexão (colaboração) é uma forma de escalonar na era do regenerar. Logo me vi perdendo a conta, como quando contava as estrelas e constelações brilhantes que você colava no teto do meu quarto - talvez na tentativa de me manter acordada diante das multidimensões que eu imaginava, “mundo de contos de fadas” era como você chamava. Lembra disso? Achou que eu tinha esquecido? Tem uma frase dessas populares, tipo as que adora me enviar, que diz algo como “pessoas esquecerão o que você disse e o que você fez, mas nunca de como as fez sentir”. Aliás! O que você achou desse ritmo de comunicação? Sei que ainda está meio carregado, mas já deu uma desacelerada? O que te mantêm conectada? Poderia perguntar “desconectada”, mas ando evitando o sufixo “des”.

É que esses dias explorava jornada com uma amiga que me perguntou “qual seu maior medo” e respondi que é parar de sonhar. Adorei que ela inventou “des - sonhar” e realizei que não é o tipo de palavra que vou ignorar, mas que escolho não colecionar – prefiro “sonhar”, “conectar”,... Deixa o “des” para lá, evito afirmar o que não quero jornar!

Sabe, mãe… Tem uma coisa sobre quem tem comunicação acelerada. Faz o outro se sentir atrasado e, a gente, deslocado. Também faz a gente conhecer quem é ainda mais acelerado e ensina que tempo é relativo, cada um tem o seu: respeitar o próprio é aceitar o do outro e, aceitar o do outro, é se (re)conectar com o todo. É como dizer que o meu amor por você, minha única e singular mãe, me permite amar todos os outros que também buscam cuidar, criar, colaborar – verbo-valores da regeneração que exploro na Economia da Paixão. 

“De onde você tirou esse trabalho?”, você já me questionou no passado, acho que buscando integrar como estou a sustentar o meu prazer pelo aprendizado. Não sei se respondi assim, mas veio da minha paixão pelo diálogo, pela beleza de conceitos e teorias que estimulam a minha razão e provocam a minha expressão, mas que não são como mãe. Não, conceitos não são ação. E um dos meus maiores desejos, mãe, é o de ser mãe. Uma mãe do tipo “regenerAÇÃO”.

Meu tipo de ação é paixão e, em mim, paixão é conexão como a nossa, que ocupa espaço para além do físico e tempo para além do linear. E aqui começo a terminar… Como? Pois só existe uma forma de começar, que é desejar!

Nesse ponto volto a ampliar, porque o desejo à minha mãe, é uma expressão do meu desejo a todos que buscam integrar o amor, assim como todos que busco, com amor, integrar no meu jornar – e aqui, de forma não-linear, mas sempre circular (regenerativa), volto ao primeiro parágrafo para amar o trem que vai nos reconectar!

  • Desejo a você centramento para expressar emoção com razão & razão com emoção. Sem fugir da razão ou perder a emoção. Sem fugir da emoção ou perder a emoção. Sim, te desejo integridade - confie na sua prosperidade!

  • Desejo a você o movimento que favorece esperança & fé. Esperança para o que pode ser. Fé no que não pode ver. Ser para ver, ver para ser. Sim, te desejo integridade - esqueça limitações de tempo ou idade!

  • Desejo a você o vislumbre que é sensoriar a ALQUIMIA de transformar a dor no AMOR, nutriente que ativa a MAGIA de materializar quem tem sonhos para realizar (brilho no olhar!). Sonhar realizando & realizar sonhando. Sim, te desejo integrAÇÃO - dispense a necessidade de justificação, parta para a ação!

Uma nota final para ela, Alda Maria, minha mãe!

Mãe, mesmo de longe, sempre vou te amar e tomar o nosso chá, pode confiar no que me ensinou sobre desacelerar, descansar, rimar e amar – rir e amar, rir para o amor, rimar com o mar, amar o mar & ser mar de amor!

Ps.: não sei se inventei “dialógico”, como me perguntou esses dias, mas “sensoriar” posso afirmar que sim! É um tipo de liberdade que resgatei lá naquela minha terra do imaginar, onde aprendi a sonhar e realizar tudo o que, daí, você tem me visto construir!

Duas notas finais para você!

Primeiro, o convite para acessar o GUIA DO GESTAR do Inquietesi (laboratório comunidade da Economia da Paixão que cocrio)

Por fim, mais uma vez exercitando a não-linearidade circular (regenerativa), volto ao começo deste texto com um trecho do meu livro que fala sobre toxidade:

Precisamos reconhecer que, de uma forma ou de outra, todos podemos ser tóxicos uns para os outros. Seus pais ou familiares, aqueles que mais te amam, podem ter sido tóxicos em diversos momentos da sua vida, assim como seus amigos, colegas de trabalho e até pessoas públicas que te influenciam, mesmo sem que haja intenção. Posso estar sendo tóxica para você neste exato momento, inclusive, mas a minha limitação começa onde o seu poder de crítica e autoconhecimento inicia, cancelando não a mim, mas aquilo que digo, sou e reverbero, que, se você quiser, não precisa produzir significado ou fazer parte da sua narrativa. Ainda assim, acredite, podemos conviver e somar juntos em uma mesma fórmula.

SOBRE PAULA COSTA | @paulacoliv

Ajudo protagonistas a entenderem o mundo através das próprias lentes, favorecendo pertencimento e a expansão regenerativa de comunidades!

Vivendo fora do Brasil, a partir de uma palavra chave anual como lente da sua metodologia de Jornada da Economia da Paixão, transita por diferentes países, culturas, experiências, ferramentas e eventos de arte, design, bem-estar, autoconhecimento, tecnologia, inovação, negócios, gastronomia, moda e varejo, realizando a curadoria de comportamentos e movimentos que se fazem insumos dos insights e despertar de inteligência criativa e estratégica que provoca ministrando jornadas de inovação de profissionais e organizações de diferentes setores globalmente, palestras, workshops e aulas de Pós Graduação e MBA de instituições como ESPM e IED. Comunicóloga formada em Publicidade e Gestão de Varejo pela graduação e MBA da ESPM, com especializações complementares em inteligência de mercado, pesquisa, antropologia, sustentabilidade, criatividade e futurismo e passagem por instituições como Hyper Island e Tel Aviv University, participa de grupos globais de inovação, é apoiadora do Fashion Revolution Brasil, co-autora do livro Economia da Paixão, autora do livro Economia da Paixão: Jornada a caminho da Regeneração, e co-criadora do Inquietesi – laboratório comunidade da Economia da Paixão para a transição à Era Digital regida pela Consciência.