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SE PARAR, AFOGO!
Momentum, polarização, recorrência e transformação: haja cALMA na demanda pela regeneração!

Será que você vai notar onde apliquei IA para escrever essa news? Será que você vai notar que não estava com vontade de escrever essa news? O que você tem percebido? O que você tem escutado? O que você tem expressado? Como o seu corpo participa de todas essas interações?
A sensação de afogamento me acompanha em certos momentos da Jornada da Economia da Paixão (leia-se: jornada de transição às Economias Regenerativas) e tem ligação direta com o meu trabalho de facilitação de diálogos (reuniões, projetos, etc.), onde preciso manter a interação fluindo de forma ativa.
O desafio está no fato de que nem sempre as interações são declaradamente envolventes. Muitas vezes se manifestam em olhares, com o silêncio, através de falas pouco midiáticas ou piadas que não fazem referência a ‘memes’. O desconforto fica visível entre bocejos e outras linguagens de dispersão que evidenciam, ao mesmo tempo, o desejo e a fuga do ócio - as "pausas” que esquecemos ou evitamos estando tão “dopaminados”.
Ao final de uma série de facilitações na última semana, um participante filosofou sobre a importância dessas interações "descartáveis”, as comparando com "pontes” que conectam os insights principais que estávamos discutindo.
Compartilhei, então, o conceito físico de "momentum"
Quanto mais difícil parar um objeto, maior o seu ‘momentum’, influenciado pela sua velocidade e massa.
Quanto mais “massa" (ideias, desafios, projetos, interações densas), mais energia é necessária para interromper o que está em andamento, principalmente se está em velocidade crescente (o mais comum). Assim, em períodos de grande volume de trabalho, a energia demandada para uma pausa pode ser a mesma necessária para concluir e materializar o que precisa ser feito - se não tangibilizamos, ideias são apenas ideias!
É óbvio que as pausas são importantes e também existem conceitos físicos que as justificam. No entanto, nem sempre a inatividade é o caminho mais regenerativo. Não se trata de certo ou errado, mas de escolhas que guardam consequências.
Essa introdução se conecta com 3 reflexões, que vou apresentar com a intenção de que você possa construir as pontes com o seu próprio contexto e momento - a sua jornada.
1. POLARIZAÇÃO
Esses dias, ao descrever minha semana "dinâmica" para uma amiga, ela interpretou que eu "estava correndo" e quase começou a me enviar posts de autoajuda “relaxa”, “respira", “não trabalhe tanto”, “se permita…”.
Meu estilo de vida é baseado na busca pela regeneração, o que significa que posso realizar diversas tarefas com a devida calma (cALMA, como prefiro colocar).
Então, por exemplo, quando digo que não tenho disponibilidade para um evento, café ou projeto, não necessariamente a minha agenda está sem respiro, mas preenchida no tempo e espaço destinado a essas atividades - respeitando a “cALMA” necessária.
É preciso vigiar e orientar nossos pensamentos, que tendem a seguir o padrão polarizante (separatista) do mundo, nos levando a viver de forma bipolar, isto é, seguindo um de dois caminhos como “repouso total” e “frenesi”. E a possibilidade de integrar movimento e repouso? E as múltiplas possibilidades que existem entre movimento e repouso? Ao falar em "vigiar e orientar pensamentos", jogo holofotes para o despertar da consciência:
Pensamentos geram hábitos, que moldam o estilo de vida. Nossos estilos de vida individuais, interconectados, formam a economia – que demanda por regeneração (ressignificação). Quero dizer, pensar e repetir muito que “estar correndo”, não é a melhor estratégia se você está repensando o seu ritmo.
2. NÃO-LINEARIDADE E LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Também estes dias, um amigo notou meu silêncio na ausência de postagens. Um princípio da regeneração na Jornada da Economia da Paixão é a "não-linearidade", e me permito aplicá-la, ressignificando a "recorrência" do marketing.
Escrever é uma das artes que estrutura a minha evolução: quem sou e como vivo a partir de aprendizados e crenças que expresso. Outros artistas usam telas, startups, programação – somos todos artistas e todo projeto é uma forma de expressão.
Como toda arte, as palavras que escrevo refletem transformações internas que demandam o próprio ritmo para serem digeridas e assentadas. Logo, sempre que posso, respeito cronogramas “não mecânicos” e “controláveis”. Isto é, deixo as palavras chegarem.
Esses últimos parágrafos me lembram desse trecho do meu livro:
Uma vez respondi uma mensagem com meses de atraso para um dos melhores e mais queridos amigos que tenho nesta vida, o Giovanni Ghelfi. Dois terços da mensagem era um pedido de desculpas pelo atraso, com uma série de justificativas pelas quais tentava demonstrar que não era nada pessoal ou falta de atenção e etc, e a resposta dele trouxe uma reflexão genial. Foi algo como "essa história de frequência, recorrência e engajamento é coisa de marketing” (nos formamos na faculdade de marketing juntos). Dali estabelecemos o libertador contrato - recomendo fortemente, contratos de expectativas são fundamentais em relacionamentos - de não precisarmos restabelecer os laços de intimidade e carinho a cada novo encontro. No final do dia, o importante é absorver, respeitar e ser grato pelas transformações que cada pessoa favorece em nossas vidas, independente do tempo e ritmo de interação.
3. AUTENTICIDADE
Respeitar o tempo e ritmo de expressão é absolutamente autentico, mas existe outra verdade que preciso admitir. Se escrever é a minha forma de lidar e expressar emoções, fugir da escrita é uma forma de não sentir.
Quais ferramentas te ajudam a tornar visíveis as suas expressões e como você as tem exercitado?
Fugir dos próprios sentidos e sentimentos seria uma forma poética de declarar férias para alguém que trabalha com pesquisa através da captura de dados sensíveis. Não é o caso. Aliás, também não é como se a expressão da escrita não estivesse sendo direcionada para os projetos que atuo.
No momento, a maioria desses projetos não são em português brasileiro, o que soma mais uma camada intoxicante de “silêncio”. Determinadas emoções e expressões chegam, unicamente, através da nossa língua de origem. Da mesma forma, estar em contato com outras línguas me possibilita despertar e reconhecer emoções e expressões que desconheço na minha origem. Daí a importância de perceber a própria voz falada e escrita - ainda reflito recorrentemente sobre uma palestra que estive há alguns anos, onde falava-se da ascensão do entretenimento oriental (principalmente Coréia, Índia e Japão), questionando a relação da propriedade dos conteúdos e da dublagem ocidental (que, majoritariamente, se resume ao inglês).
Volto para a verdade. Estou fugindo de escrever e tornar visível algumas das minhas emoções. E, apesar de até aqui já ter escrito vários parágrafos, o que desejo verdadeiramente expressar, ainda está sendo mascarado - você percebeu? Não sei bem qual é o sentimento que ecoa em mim ao notar isso de forma tão consciente e declarada, mas posso justificar com percepções do que tenho experimentado na jornada da palavra “AMA” (amor, magia, alquimia).
Como cada palavra é um mergulho de aprofundamento e ampliação da própria metodologia da Jornada da Economia da Paixão, o que vem acontecendo de forma muito determinante é a ativação da intuição e centramento na captura de dados sensíveis. Estou aceitando convites para explorar linguagens que, até aqui, me serviram mais como laboratórios.
Sendo redundante, vou colocar em poucas palavras: AMA me silencia em palavras e me acelera em ações, me levando mais a sentir, vivenciar e fazer, do que entender, conceituar e narrar.
AS MÚLTIPLAS LINGUAGENS DAS ARTES
As artes, no geral, guardam inúmeras linguagens que exploro e tenho aprofundado acompanhando movimentos e tendências do que há alguns anos chamava exclusivamente de “economia da experiência”.
Um exemplo são as cada vez mais disseminadas “colagens”, que muitas vezes uso antes de começar um texto ou projeto - já experimentou? Na última temporada da Jornada da Economia da Paixão, tivemos um encontro presencial para essa prática, liderado pela Camila Mantovani e pelo Endrigo Pontes, que estão na jornada das palavras “PONTE” e “CONEXÃO”, consecutivamente.

Encontro da Jornada da Economia da Paixão liderado por Camila Mantovani e Endrigo Pontes
Outro exemplo é a “marcenaria”, que protagonizado pela Jucá Mobília, fez parte de um programa de Jornada Imersiva que facilitei com os times comercial & marketing de uma organização. Assim como a cada vez mais difundida cerâmica, vale um mergulho na prática da marcenaria também como fonte de estudo das nossas raízes e das riquezas do Brasil.
MAIS UM PASSO DE VERDADE
Neste ponto, questiono de forma quase desconfortável, a manutenção das linguagens que domino. Sempre há o que aprimorar, mas ainda quero escrever? De que forma? Sobre o quê? Escrevi tanto sobre os mesmos temas de maneiras diferentes até aqui e tenho apreciado muito a expressão de outras pessoas, que ecoam as mesmas ideias que eu com suas próprias palavras e jornadas.
Tenho certeza de que não vou parar de protagonizar a minha expressão, mas até me permitir revelar o que estou evitando sentir e compartilhar, vou deixar aqui alguns desses ensaios de pessoas que dizem o mesmo que eu, de formas diferentes.
E, posso dizer? Sinto um vazio enorme ao concluir este texto tendo dito tanto sem dizer o que realmente está aqui dentro.
E, talvez, seja sobre isso. Se prosseguisse, provavelmente adotaria um tom de revolta contra a superficialidade de uma sociedade em definhamento, que se encanta com inovações pouco propositivas, sem compreender que a “regeneração” é a “inovação mais cool” e necessária - a raiz de todas as outras, incluindo as quais nos deslumbram de forma anestesiante (Inteligência Artificial, por exemplo).
Atuo diretamente com profissionais e empresas de tecnologia, uso e busco entender ativamente a Inteligência Artificial - chatGPT é uma das ferramentas da metodologia da Jornada da Economia da Paixão. O maior desafio não é aprender a usar e integrar, mas se manter humano e consciente do processo e, para isso, não mergulho só de cabeça - mantenho ativo também o coração. Como exemplo, esta é a primeira news que escrevo com um suporte sutil da IA. Co-escrevi alerta às passagens que facilmente perdem identidade e propriedade quando processadas por máquinas. Foi, para mim, como observar alimentos vivos sendo processados nas esteiras de produção das fábricas. De certa forma, me permiti esse processamento e vou cuidar de compreender o quanto ele se relaciona com o vazio que descrevi acima: “dizer sem realmente expressar”.
Com mais um passo de verdade, estaria praticando a regeneração…
Chegando ao fim e voltando ao início desta news para admitir que parte da dinâmica de “não parar”, diz sobre o medo de “parar e desistir”, porque muitas vezes trabalhar pela regeneração parece uma luta. Mas, genuinamente, desejo acreditar que não se vence guerra com guerra, então vou cuidar de transformar essa dor em amor, para voltar com expressões mais capazes de conectar para transformar do que desconectar e polarizar.
Falando em transformação!
Essa foi a palavra chave que uniu as palavras dos participantes da última temporada da Jornada da Economia da Paixão, concluída em março. A ilustradora do Oráculo das Palavras, Karen Suehiro, nos presenteou com uma representação sensível dessa jornada. Inicio os compartilhamentos e recomendações com essa ilustração somada a inquietude: qual ou quais palavras você identifica nesses traços e como essa palavra tem guiado sua jornada?

Qual ou quais palavras você identifica nesses traços e como essa palavra tem guiado sua jornada?
Outras expressões de protagonistas que dizem o mesmo que eu de formas diferentes:
Como todas as formas de arte, a colagem é uma ferramenta MULTI-TEMPORAL!
Adorei como a Stephanie explorou as origens da “A Magia da Colagem” na segunda edição da sua news “Criatividade é referência”, inspirada pelo Encontro das Colagens da Jornada da Economia da Paixão:
“A prática de juntar diferentes elementos visuais para compor novas imagens existe há séculos, mas foi no início do século XX que a colagem se consolidou como uma linguagem artística. Cubistas como Pablo Picasso e Georges Braque foram pioneiros na incorporação de jornais e papéis pintados em suas obras, desafiando a ideia tradicional de pintura.”
Somos todos artistas e o mundo é o nosso palco!
Falando em arte… este é o tema explorado por Tóia neste episódio do podcast “não tem mistério”. Tóia é mais uma protagonista da Jornada da Economia da Paixão, que está explorando a palavra “MERGULHO”. Adorei como ela mergulhou de forma corajosa na compreensão de que, como parte da natureza, somos todos criativos. Ouví-la me remeteu a um artigo que escrevi há alguns anos: “Somos todos artistas e o mundo é o nosso palco” - que privilégio conviver com pessoas que favorecem os nossos próprios resgates!
O que você come te regenera?
Outra protagonista da Jornada da Economia da Paixão, Sabrina Miklautz, que está explorando a palavra “TRAVESSIA”, dialoga com Endrigo Pontes sobre alimentação, afeto e regeneração neste episódio do Happy Hour Vitrail - estou adorando os diálogos com “jornadeiros” convidados pelo Endrigo para essa mesa de pautas ampla que ele vem conectando!
Este episódio torna visível o fato do ALIMENTO ser escola, fonte da educação tida como base para uma sociedade em transição às economias regenerativas - você é o que você come; se o que você come vem de uma cadeia regenerativa e te regenera, você é capaz de regenerar tudo o que se conecta - relacionamentos, projetos, etc!
De forma diferente, mas dizendo o mesmo, esta também é a perspectiva da alavancagem da regeneração de Florence Laloë:
Os Negócios Regenerativos empregam um conjunto diversificado e em constante evolução de estruturas projetadas em torno da solidariedade geradora, em vez do lucro extrativo. Com isso, exigem consciência de todos os seus agentes protagonistas: consumidores, fornecedores e produtores.
Longevidade
Esta declaração sobre protagonismo - o primeiro pilar da metodologia da Jornada da Economia da Paixão - aparece no relatório “Investimento Sociais Privados e a Longevidade” da Fundação Dom Cabral com Coordenação da Data8 - cujo núcleo inclui uma das protagonistas que mais tenho orgulho e honra de ter na minha jornada, a generosa Layla Vallias.
Admiro imensamente a Layla e todo trabalho que desenvolve alavancando perspectivas e caminhos alternativos do envelhecimento de forma madura e corajosa. Mais um motivo pelo qual fiquei muito lisonjeada em contribuir, de alguma forma, com essa pesquisa:

Vou somar mais alguns dados deste material como convite para que você o acesse na íntegra:

De forma simples, podemos entender “Economias Regenerativas” como a aplicação integrada e prática do ESG
Falando em “íntegra”, chego na INTEGRIDADE
Este foi o aprendizado central da jornada de “RAIZES MULTIDIMENSIONAIS”, que explorei em 2024, me aproximando ainda mais de uma das pessoas que mais admiro pelo enorme comprometimento e competência nesta pauta regenerativa: Amanda Efthimiou.
Um dos artigos de Amanda em colaboração com Nina Patrick sobre a prática de mergulho livre, abre espaço para reflexões sem fim, entre elas: as crescentes adaptações de seres humanos a sobrevivência no planeta, as múltiplas formas de exploração de meditações e outras práticas integrativas, o acesso a níveis de consciência elevados e soluções mais refinadas diante de desafios cada vez mais robustos e complexos - haja regeneração!
Amanda é uma das pessoas que me regeneram nos encontros da House Of Beautiful Business, comunidade que reúne pessoas e negócios centrados na vida. De forma simbólica, pelo segundo ano o evento acontecerá nas raizes do mundo, em Tangier, na África. Estou entusiasmada em compor a programação do evento este ano, dando mais um passo no propósito de “colocar o Brasil no mapa”. Se você tiver interesse e disponibilidade de se juntar a nós, presencialmente neste encontro na África, entre em contato com a minha equipe ([email protected]) para obter um código especial na aquisição do ingresso.
ENFIM, MAS SEMPRE SEM FIM - já que para a regeneração fim e começo se conectam!
Mais uma confissão, mais uma verdade! Não estava com vontade de escrever essa news - você notou isso lendo? Ainda estou captando e digerindo muitos dos dados que estão chegando na minha jornada e compartilhá-los agora é como tirar o bolo do forno antes de terminar de assar - faz sentido? Tem algumas semanas que a minha assistente chama a atenção para o fato de eu estar adiando as agendas dedicada à escrita e, nesta semana, tomei a decisão de não pular esse compromisso também como forma de favorecer a fluidez do meu ciclo menstrual. Quando deixamos de nos expressar, o corpo também não se expressa - e sem qualquer justificativa de ordem médica, a minha menstruação tem atrasado tanto quanto tenho adiado a escrita.
Com essa sensação de intoxicação me tomando, resgato o conceito de ECOANSIEDADE que compartilhei neste artigo há alguns anos. Mas não é como se pudesse me surpreender, já que este ano a minha expressão chave da Jornada da Economia da Paixão é “AMA” - sigla para “amor, magia, alquimia”, mas que também significa “toxina” na Ayurveda. Mais do que intoxicada, tenho me sentido inflamada com palavras, pensamentos, e outras inquietudes positivas e negativas!
Vou concluir reforçando uma reflexão que deve fazer parte dos próximos mergulhos que compartilharei, uma vez que “a natureza das conexões” é uma das inquietudes da jornada de AMA! Este é mais um trecho do meu livro, que aparece logo na sequência do que mencionei há alguns parágrafos.
Absorva, respeite e seja grato pelas transformações que cada pessoa favorece em sua jornada: como sociedade, vivemos em um século de mudança de era, que evolui para a descentralização, com vínculos cada vez mais efêmeros e flexíveis, onde a frequência e a intensidade afetivas, não precisam estar diretamente relacionadas (é não-linear).