(POLI) OPORTUNIDADES DE AMAR

Quais formas de AMAR precisamos criar através de relacionamentos pessoais, para cultivar novos padrões de conexões que favorecem a sobrevivência da humanidade?

A ideia de que “nos transformamos para transformar o mundo” é a raiz da metodologia da Jornada da Economia da Paixão visando a transição às Economias Regenerativas, que amplio em multidimensões me conectando com pessoas e conceitos que buscam e dizem o mesmo que eu, de formas diferentes.

Um exemplo destas conexões, se dá neste artigo de Adrienne Maree Brown, protagonista que também explora abordagens da regeneração.

resumo rápido de regeneração: se enxergar como parte da natureza e ativá-la como referência para a evolução do nosso estilo de vida e cultura - como vivemos e produzimos.

Este mesmo artigo influencia a chamada desta edição da news, no qual convoco a regeneração de contratos de relacionamentos; e também traz provocações em torno da temática “POLYOPPORTUNITY”, que é o centro do encontro de maio da House of Beautiful Business, em Tangier (Marrocos), que integro em mais um ano - com a honra de somar na participação do programa!

Quase que poeticamente, mas em bullets objetivos, compartilho como exploro “POLYOPPORTUNITY” na Jornada da Economia da Paixão:

- Ativamos cada vez mais as nossas “bipolaridade” enquanto seres humanos - “gosto disso OU daquilo; ao invés de gostar disso E daquilo”;

- Nos tornamos cada vez mais polarizados enquanto sociedade - agrupados em bolhas sem espaço para divergências;

- Mergulhamos cada vez mais nas policrises - sem criatividade e iniciativa protagonista para transformar crise em oportunidade;

- Somos, então, forçados a aprender a abraçar a nossa INTEGRIDADE - protagonismo: a soma de todas as nossas divergências, polaridades, multidimensões;

- E, assim, criarmos CORAGEM para despertar múltiplas possibilidades;

- Isto é, resgatar a POTÊNCIA humana para tornar visível e CRIAR oportunidades de SER (protagonista), COLABORAR (pertencer) e REALIZAR (em comunidade)! 

Não me conformo com a ideia de que nos faltam caminhos para a sobrevivência

Até por essa ideia estar construída em cima de dados relativos aos comportamentos e movimentos que nos trouxeram até aqui. E, óbvio, os resultados serão os mesmo se continuarmos nos comportando igual.

Prefiro apostar no despertar do protagonismo, que promove o senso de pertencimento, para criarmos possibilidades de viver melhor e mais - em comunidade, através de conexões regenerativas.

Retomo a expressão de “POLYOPPORTUNITY” por Adrienne Brown - estou usando “Poli Oportunidades” em função da House of Beautiful Business; Adrienne coloca como “Criando Mais Possibilidades”; eu costumo dizer “Multidimensões”.

Criar possibilidades é o trabalho central de todas as gerações: expandir as possibilidades para gerações futuras, combinando evoluções atuais com aprendizados de gerações passadas [este é, basicamente, o princípio da regeneração]. Diante das limitadas condições de sobrevivência humana, nosso propósito é criar mais possibilidades. Algumas dessas possibilidades surgem da evolução tecnológica, mas muito virá da forma como nos relacionamos uns com os outros e da evolução espiritual. Butler disse “a gentileza facilita a mudança” e penso nisso diante da adaptação massiva necessária: a gentileza com o outro neste momento de tensões e incertezas cria mais possibilidades para avançarmos juntos em direção ao futuro.

Enxergando claramente nesta reflexão os 3 pilares da Jornada da Economia da Paixão (protagonismo, pertencimento e comunidade), repito que digo e acredito no mesmo que Adrienne de forma diferente. 

Mais uma expressão de “POLYOPPORTUNITY”, esta da própria House of Beautiful Business, que considera 5 oportunidades inter-relacionadas - o plano de fundo da programação do encontro em Tangier nesta semana: 

1. Economias Regenerativas: novo sistema de valores [o centro da Jornada da Economia da Paixão];

2. Consciência Estendida: nova relação com a tecnologia;

3. Cura Coletiva: novo pacto social;

4. Cidadania Planetária: nova forma de pertencimento [algo que explorei profundamente na Jornada da Economia da Paixão no último ano, através da expressão central ‘raízes multidimensionais’];

5. Curadoria Aberta: nova forma de aprendizado

Depois de vivenciar e integrar os aprendizados deste encontro, vou ter mais recursos e ferramentas para compartilhar. Por ora, vou trazer algumas poucas referências que já me atravessaram na jornada que estou explorando em 2025, a partir da ativação da palavra AMA (amor, magia, alquimia).

Como apontei acima, já abordei com mais propriedade 2 dos tópicos, então vou me centrar em Consciência Estendida, Cura Coletiva e Curadoria Aberta. 

CONSCIÊNCIA ESTENDIDA: NOVA RELAÇÃO COM A TECNOLOGIA

Somando para a lista das pessoas que dizem o mesmo de formas diferentes, aqui estão algumas passagens (adaptadas) de um artigo do Dr. Graham Burnett para o The New Yorker:

  • “A evolução da IA é como assistir ao nascimento de um novo tipo de criatura e como nos relacionamos com esse nascimento: um encontro com algo em parte irmão, em parte rival, em parte Deus-criança descuidado, em parte sombra mecanomórfica — um alienígena familiar.”. Achei, simplesmente, genial!

  • “A experiência de me fazer perguntas para a IA sobre algo que eu mesmo criei, foi incrível”. Já pesquisou temas do seu domínio no ChatGPT? Ou, até mesmo, o seu nome e o que já realizou? Teste!

  • “A questão não é mais se podemos escrever livros; eles podem ser escritos infinitamente, para nós. A questão é: queremos lê-los?”. O que você anda se dedicando a fazer com foco e paciência?

  • “Cada vez que sinto a atração pela necessidade de responder simplesmente para me mostrar necessário/funcional e não necessariamente agregar algo, eu paro e reflito: essa colocação nasce do amor e da sabedoria, ou nasce da compulsão? Estou servindo corretamente ou estou buscando autoestima ao ser necessário?”. 🤐 

  • “Os humanos compreendem porque sintetizam informações em uma experiência unificada e vivida — eles sentem, interpretam, refletem. Eu não. Eu processo, prevejo e estruturo, mas não há nenhuma experiência nas minhas palavras.” Esta é uma declaração da IA.

  • “Para filósofas como Simone Weil e Iris Murdoch, a capacidade de dar atenção verdadeira a outro ser é a essência da vida ética. Mas o triste é que não somos muito bons nisso. As máquinas fazem parecer fácil”. O quanto tem recebido e servido atenção?

  • “Acho que ninguém jamais prestou tanta atenção em mim, no meu pensamento e nas minhas perguntas (em comparação com a IA). Isso me fez repensar todas as minhas interações com as pessoas.”

  • “Os resultados (da IA) são impressionantes, mas não é mágica. É matemática.”. Criação é resultado de combinações humanas inéditas, não é isso o que a IA faz com potência (ainda).

  • “A IA é enorme. Um tsunami. Mas não sou eu. Ela não consegue tocar a minha individualidade. Ela não sabe o que é ser humano, ser eu.”. O que só você é?

  • “Alcançamos, em certo sentido, uma espécie de "singularidade”. Esses sistemas têm o poder de devolver a nós mesmos de novas maneiras.”. Sim, provocar o despertar de nossos protagonismos!

  • “A produtividade acadêmica fabril nunca foi a essência da humanidade. O verdadeiro projeto sempre fomos nós: o trabalho de compreensão, e não o acúmulo de fatos. Não "conhecimento", no sentido de mais afirmações verdadeiras sobre o mundo. Isso é ótimo — e, no que diz respeito à ciência e à engenharia, é praticamente o ponto principal. Mas nenhuma quantidade de estudos revisados por pares, nenhum conjunto de dados, pode resolver as questões centrais que confrontam todo ser humano: Como viver? O que fazer? Como enfrentar a morte?”. Quais perguntas dignas de ser humano você tem explorado?

  • “Ser humano não é ter respostas, é ter perguntas — e conviver com elas. As máquinas não podem fazer isso por nós. Nem agora, nem nunca.”. Outra vez: quais perguntas dignas de ser humano você tem explorado?

Reforço e incluo mais alguns pontos: 

  • A ideia de “Deus-criança descuidada” diz sobre como a tecnologia acelera e expande aquilo que somos e criamos como humanos. Acho a descrição “Deus-criança” absoluta, porque quanto mais desenvolvemos ferramentas como a IA, mais ganhamos uma sensação de “super potência”, esse tal “sentimento de Deus”. Ao mesmo tempo, essa falsa potência de estar acima de semelhantes - da natureza como um todo -, carrega a impotência da criança descuidada;

  • Ainda sobre “criança descuidada”. É essa a condição que sustenta muitos contratos tóxicos de relacionamentos - em todos os sentidos: profissionais e pessoais. Reflita se já não se viu argumentando e duelando com um fornecedor, colega de trabalho ou cônjuge mais como uma criança birrenta do que como um adulto consciente (já praticou o “alguém tem que ceder?”);

  • A IA trabalha em cima de dados que já existem. Se agirmos a partir da IA, sendo máquinas e não humanos, vamos ficar repetindo os padrões que já criamos e conhecemos, ao invés de aproveitar essa oportunidade de completude otimizada do nosso conhecimento para evoluir a partir deles - sim, abandonar padrões!

  • É quase um sentimento de “AWE” (susto e encantamento) ver o diálogo com uma IA como uma conversa com “Deus”. Vejo este “Deus” como a soma de todos nós, uma rede de inteligência poderosa, mas que para ser ativada positivamente (e não “perigosamente”) demanda justamente o que a IA não tem e nós ainda precisamos explorar em maior profundidade: a diversidade e a sensorialidade. Esse são dois dos ingredientes da conexão autêntica. Sem eles, a IA está expandindo conexões pouco autênticas - ou melhor, desconexões! 

CURA COLETIVA: NOVO PACTO SOCIAL

Em algum post destes não muito pensados em algumas dessas muitas redes sociais que nos envolve, questionei algo como “qual propósito da ideia de que alguns de nós são cura e outros doença?”. 

Fazia referência a algumas mensagens que vejo sendo replicadas sobre “afastar-se de pessoas negativas, sugadoras, etc”. A crítica não é para a mensagem, há um fundamento e existe uma verdade; a crítica é para a análise e aplicação prática da informação (o que chamo “inteligência estratégica”), a partir do entendimento de que somos todos um: todos guardamos doença e cura.

Ninguém está melhor ou pior, somos todos um e estamos juntos em busca da cura para a desconexão! Precisamos uns dos outros para enxergar a doença e, assim, desbloquear a cura. 

Apesar de ter soltado este “post em vão” - e de fazer isso algumas vezes com pouca ou muita consciência -, esse tipo de diálogo fica mais por conta dos encontros aprofundados e íntimos com as minhas redes de amigos, clientes e familiares. Apenas tenho buscado me atentar para não me intoxicar, isso é, não deixar de me expressar. E esse é um aprendizado que a jornada de AMA tem me provocado por dois motivos:

  1. AMA é “TOXINA” NA LINGUAGEM DA AYURVEDA: como a escrita é a minha principal forma de expressão criativa, ao não escrever, me sinto ainda mais intoxicada do que já estamos intoxicados nas condições de desconexão e definhamento da natureza e humanidade. Como forma de fugir do meu próprio protagonismo, muitas vezes fujo de me expressar - como todo artista! Falei mais sobre isso na última newsletter.

  2. AMOR É UMA LINGUAGEM MUITO SENSORIAL: também falei mais sobre isso na última newsletter, compartilhando o quanto tenho me aprofundado em linguagens não verbalizadas e escritas, ativando mais ferramentas da metodologia da Jornada da Economia da Paixão, que é baseada na intuição e captura de dados sensíveis/sensoriais. Resgatar essa sensorialidade é compreender a forma mais autentica da conexão humana, o que acredito ser o nosso caminho de cura regenerativa - o pacto social mais necessário!

Registro da apresentação de um estudo que acompanhei em 2024, durante o SXSW em Austin. 

CURADORIA ABERTA: NOVA FORMA DE APRENDIZADO 

A última news #AcreditoEmJornadas guarda alguns dos parágrafos mais “medíocres” que já produzi - “medíocre”: tem palavras quem me incomodo em escrever. E essa não sou apenas eu vivendo a clássica “síndrome da impostora” ou a “crise do artista”, que nunca se acha bom o suficiente através das suas expressões. É só uma declaração da verdade. Perto do que me proponho a estudar, compreender e produzir, reconheço que estou alguns bons passos adiante do que compartilhei. Mas também entendo que sem “respiros de superficialidade”, falta fôlego para mergulhar com a profundidade e intensidade que verdadeiramente nutrem o meu processo de pesquisa e evolução. Poderia concluir com “e está tudo bem”, mas vou emendar admitindo que enfrento bons desafios/aprendizados entre a consciência e a prática de abraçar e aceitar “textos vazios”, “poesias ‘simplesmente’ declaradas” e “tempo de ócio”.

Assim, vou buscando cada vez mais o meu mantra “ACREDITO EM JORNADAS”, para autorizar cada passo que se faz necessário. Me confortei em compreender que um dos propósitos da minha última “news medíocre” foi constatar algo que ainda não tinha ancorado tanta atenção: desde que iniciei oficialmente uma newsletter, no final de 2024, outras 7 pessoas do meu círculo também começaram. 

Algumas dessas pessoas me pediram recomendação de plataforma e outras dicas - como se eu tivesse alguma propriedade no assunto! Há alguns anos, sim, em função de projetos que trouxeram conhecimento sobre essa ferramenta, mas já não considero esses conhecimentos atualizados. Comecei a news “Acredito Em Jornadas” exatamente como inicio tudo: acreditando em jornadas. Fiz uma pesquisa ou outra entre chatGPT, Google, redes sociais e conexões pessoais, levantei um argumento ou outro, mas por fim, autorizei a minha intuição. Escrevo, publico e vou criando com a liberdade de poder recalcular a rota a qualquer momento. 

Foi mais ou menos isso o que declarei e incentivei como processo para essas pessoas e, para algumas também recomendei um artigo do blog da Mandala Lunar, que traz bons insights sobre o poder da escrita, incluindo citações de duas escritoras que fazem parte da minha jornada.

A primeira é a jovem judia Anne Frank, vítima da Segunda Guerra Mundial, que carrega um símbolo muito contemporâneo diante das guerras invisíveis que vivemos.

O melhor de tudo é o que penso e sinto, pelo menos posso escrever; senão, me asfixiaria completamente

Anne Frank

Esta próxima, uma super dramática, que representa como me sinto na entrega às paixões pela vida, pelas artes, pelo aprendizado,… - muitas vezes, este sentimento é o motivo pelo qual me afasto desta entrega à intensidade!

Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida.

Clarice Lispector

Esse movimento das crescentes newsletters e outras formas de “liberdade de expressão” revelam a crescente do protagonismo - vamos buscar e autorizar cada vez mais a ideia de que somos todos influenciadores e temos papeis ativos na criação/produção do mundo e de tudo o que consumimos. Este é um dos princípios das Economias Regenerativas quando olhamos para as cadeias circulares de produção (todos somos vendedores, produtores, etc). Tem um trecho do meu livro que menciono essa lógica!

“PODER É A CAPACIDADE DE MOVIMENTAR ENERGIA ATRAVÉS DE UM SISTEMA”

Esta é uma frase absolutamente envolvente de Larissa Conte, participante da imersão de Nova York do programa POLYOPPORTUNITY da House Of Beautiful Business. Essa menção aparece em um artigo de Tim Leberecht, com curadoria e reflexões sobre o tema.

Destaco e adapto mais algumas passagens deste artigo, que ressoam com as minhas intencionalidades na participação do encontro em Tangier esta semana.

- “Tenho medo da natureza, uma simples caminhada pela floresta me perturba e vejo tubarões nos mais tranquilos lagos”;

- “Os momentos tem poder de permanência”;

- “Nunca tendo aprendido a prosperar, agora precisamos aprender a sobreVIVER”;

- “Aprender a apreciar o essencial para navegar por frustrações inevitáveis”;

- “Atravessar o fracasso com entusiasmo”;

- “Dançar para a afastar a depressão”;

- “Mantenha amigos com os quais possa trocar piadas inapropriadas”.

Tim Leberecht

A CORAGEM DE INTENCIONAR (DESEJAR E CRIAR)

Usando a intuição como método e sendo uma pesquisadora, o meu maior desafio não é me preparar ou estudar qualquer assunto, mas me permitir ser atravessada pelos aprendizados mais autênticos - os quais ainda vou descobrir que existem e posso conquistar. 

Para isso, a cada imersão na “palavra do ano” da Jornada da Economia da Paixão, faço uma curadoria de intenções, reunindo palavras e inquietudes chave que vou buscar explorar no campo consciente e inconsciente. Sim, são como comandos para o meu subconsciente - a maior proporção de nós! -, para que possa me libertar na vivência de experiências e conexões, principalmente sensoriais, confiando de que estou sendo guiada pelos meus mais profundos desejos e oportunidades. 

As palavras centrais deste ano (2025) são:

- Amor

- Magia

- Alquimia

O que resumo na palavra/sigla “AMA”.

As palavras centrais deste ano (2025) são:

Essas são algumas das palavras e expressões que intenciono aprofundar ao vivenciar o tema “POLYOPPORTUNITY”:

- Amor incondicional

- Apreciar

- Autorregulação

- Beauty

- cALMA

- Consistência

- Deliberação

- Entusiasmo

- Essencial

- Foundation

- Hope

- Interrelação

- Línguas e linguagens

- Momentum

- Multi/poli (multigeração, multitemporal, multiespacial)

- Power

- Re(conhecimento)

- Resonate 

- Rituais

- Trans-racional

- Web of Life

*acredito que palavras carregam diferentes significados em diferentes línguas, mesmo quando a tradução é “exata”.

Agora, algumas das perguntas:

- Como desenvolver a sensibilidade de autorregulação para criar uma fundação capaz de abrir espaço de cura coletiva?;

- Quais condições possibilitam o funcionamento integrado, aberto e centrado, de coração e razão?;

- O que compõem e favorece a escala de espaços de cura - físicos, psicológicos, dialógicos?;

- Quais ingredientes fundamentais para criar relacionamentos autênticos e transversais, baseados na aproximação de verdades em comum (ainda que não pareça), encontros mentais e sensoriais?;

- Quais cenários possíveis ao escolher a humanidade ao invés da justiça?;

- Como despertar o interesse pela consciência de si, da natureza e do propósito de conexões?;

- O que alavanca a coragem para explorar perguntas intempestivas?;

- Como tornar visível a relação entre apagões mentais, espirituais e emocionais - e apagões globais?;

- Onde estamos superando guerra com amor - quando já o fizemos?;

- Quais rituais regenerativos estão prosperando?;

- Quais princípios estão segmentando a reorganização geográfica global?

Entre essas palavras, expressões e perguntas, existem ainda mais desdobramentos e planos de fundo de pesquisa fundamentais na minha jornada. Sim, sei de onde parti, tenho muitas hipótese e dados para desconfiar onde posso chegar, mas me permito não saber ao certo por onde vou navegar e o que vai me ATRAVESSAR. Assim, me ENTREGO para a experiência.

Mas também volto a dar uma espiada nos pontos de partida, que em boa parte estão no relatório da última expressão chave da Jornada da Economia da Paixão: RAIZES MULTIDIMENSIONAIS. Abri o link e cai “aleatoriamente” neste trecho final, que deixo aqui: 

Ainda vamos descobrir e vivenciar muito o Universo para além do planeta Terra e a viagem para o Espaço, inclusive, é um dos meus sonhos, mas como sabe quem tem uma vida fora do país de origem: você deixa um lugar, mas ele nunca vai te largar e isso pode se tornar um peso até que você torne visível e cuide do que te mantém conectado a este lugar - insight: conexões sempre se resumem a pessoas! 

Nesse eterno cordão umbilical, deixar a Terra morrer é um ato suicida. Já perdemos o prazo de começar a regenerar, mas de algum lugar é preciso partir e compartilhar esse despertar para a sede de viver resgatando a capacidade de sonhar e criar é outro dos meus sonhos.

Explorei a jornada da regeneração de “Raizes Multidimensionais” em mim, interagindo com espaços de pertencimento no mundo todo, principalmente as minhas preciosas raízes de nascimento - e aqui vai mais uma dimensão dos meus sonhos: despertar o protagonismo do Brasil.

Já chamei de “colonização inversa” e agora declaro “colocar o Brasil no mapa”. A capacidade regenerativa do nosso país é parte fundamental da regeneração do planeta e está precisando do resgate da autoestima e missão de SER e PERTENCER ao nosso país, o que independe de onde se escolhe enraizar.

Ser glocal é, antes de mais nada e ao final de tudo, integrar todas as dimensões de si para se reconhecer em qualquer lugar e reconhecer qualquer lugar em si sem precisar sair do lugar. A glocalização é um conceito que serve para pessoas e negócios humanizados, que compreendem que todo movimento macro começa pelo conjunto de práticas e hábitos pessoais (micro).

SOBRE PAULA COSTA | @paulacoliv

Ajudo protagonistas a entenderem o mundo através das próprias lentes, favorecendo pertencimento e a expansão regenerativa de comunidades!